Não é o patrão.
Não é o chefe.
É o colega de trabalho que se acha no direito de mandar, humilhar ou “passar rasteira” em outro trabalhador.
Um tipo de opressão silenciosa, mas presente, que transforma o ambiente colaborativo em campo de guerra entre pessoas que deveriam caminhar juntas.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Em fábricas, escritórios, escolas, repartições públicas e até em comércios, um fenômeno vem se repetindo: trabalhadores comuns, que estão no mesmo nível hierárquico, se voltam uns contra os outros muitas vezes sem qualquer incentivo da empresa, sem aumento, sem promoção.
Só para mostrar “poder” ou se destacar às custas do colega.
Segundo uma pesquisa, publicada em 2023, 31% dos trabalhadores brasileiros dizem já ter sofrido alguma forma de opressão ou sabotagem vinda de colegas de mesmo nível.
OPINIÃO DAS RUAS
👉 “Aqui tem gente que fica marcando hora que os outros chegam, como se fosse fiscal.
Mas ela mesma vive no WhatsApp.
Quer aparecer pros chefes”, desabafou Luciana, balconista em Belo Horizonte.
👉 “Teve uma vez que fiz um relatório legal, e o cara da mesa do lado foi dizer pro coordenador que eu copiei da internet.
Ele mentiu.
Só porque queria ser promovido primeiro”, contou Diego, auxiliar administrativo em São Paulo.
👉 “A gente se destrói em vez de se ajudar.
E no fim, quem lucra é a empresa”, comentou Jefferson, operador de empilhadeira em Minas Gerais.
POR QUE ISSO ACONTECE?
O nome disso é "falsa meritocracia internalizada".
É quando o trabalhador acredita que só vai subir se os outros caírem.
E, pior ainda, age como “capataz voluntário” achando que está fazendo um favor pro patrão, sem perceber que está sendo manipulado por uma lógica de competição tóxica.
Segundo a psicóloga organizacional Fernanda Ribeiro, isso é consequência de um modelo de gestão que estimula o individualismo:
“A empresa muitas vezes não precisa mandar.
Ela cria metas inatingíveis, joga um contra o outro, dá destaque pra quem pisa nos outros, e assiste a guerra sem sujar as mãos.”
PRECISAMOS FALAR SOBRE ISSO
Se trabalhadores se unissem de verdade, boa parte dos abusos patronais não duraria uma semana.
Mas enquanto um tenta puxar o tapete do outro, o sistema continua faturando em cima da desunião.
Isso não é opinião, é realidade cotidiana.
No fim das contas, ninguém sobe sozinho.
E quem pisa nos outros pra subir, mais cedo ou mais tarde, cai sem apoio nenhum.
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A mudança começa quando a verdade aparece.
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***FIM***
Ordem e Progresso
Liberdade Ainda que Tardia
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