É cada vez mais comum ver vigilantes armados atuando em bancos, escolas, hospitais e empresas Brasil afora.
Mas o que muita gente esquece é que esses profissionais não são policiais e o perigo de exigir que façam papel de segurança pública é real e mortal.
Limites da lei, riscos do dia a dia
O vigilante armado só pode portar arma durante o expediente, e a responsabilidade sobre o armamento é da empresa.
Fora do serviço, portar arma é crime.
E mais: o vigilante não pode revistar suspeitos, usar algemas ou conduzir pessoas para investigação.
Seu papel é proteger o patrimônio, acionar a polícia em caso de crime e só usar a arma em último caso, quando a vida estiver realmente em risco. 1 2
Mesmo assim, a pressão para agir como “xerife” é diária.
Segundo dados da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores de Empresas de Segurança e Vigilância (FENAVIST), cerca de 40% dos vigilantes já sofreram algum tipo de violência no trabalho.
Em 2020, mais de 80 vigilantes foram assassinados no Brasil uma taxa altíssima, que coloca a profissão entre as mais perigosas do país. 3
“Já perdi colegas de trabalho em assaltos. A gente entra pra proteger patrimônio, mas acaba sendo alvo de bandido. E quando precisa de apoio, falta até sindicato forte pra brigar por nós”, desabafa um vigilante de Belo Horizonte.
Sindicatos enfraquecidos: quem defende o vigilante?
A reforma trabalhista de 2017 tirou o poder de fogo dos sindicatos.
Com menos recursos e menos força para negociar, as entidades perderam espaço e representatividade. Resultado: salários achatados, direitos ameaçados e pouca pressão por melhores condições de trabalho. 4
“Sem sindicato forte, o patrão faz o que quer. Vigilante trabalha armado, arrisca a vida, mas não tem respaldo nem garantia”, reclama outro trabalhador do setor.
Mesmo assim, há quem lute. Sindicatos como o de São Paulo e da Bahia tentam mobilizar a categoria, mas dependem da sindicalização dos próprios vigilantes para sobreviver e pressionar por direitos. 5 4
O perigo de ultrapassar a linha
Quando o vigilante é forçado a agir além do que a lei permite, todos perdem: o trabalhador, que se expõe ao risco de morte e processos judiciais, e a sociedade, que vê a segurança privada invadir o espaço da segurança pública sem preparo e sem respaldo legal. 1 6
Compartilhe este texto, marque aquele amigo vigilante, cobre das autoridades e ajude a pressionar por sindicatos fortes e respeito aos limites da profissão!
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***FIM***
Ordem e Progresso
Liberdade Ainda que Tardia
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