Quem nunca ouviu aquela velha história?
O palco é armado, a expectativa está lá em cima, mas os holofotes, quando se acendem, miram direto nos nomes de fora – enquanto os artistas locais, cheios de talento, continuam à margem, quase invisíveis.
A cena se repete em festivais, festas municipais, prêmios culturais e até em bares: a prefeitura ou produtor investe pesado em atrações de outras regiões, enquanto músicos, poetas, atores e pintores da própria cidade lutam para ocupar pequenas brechas.
Segundo dados do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, apenas 20% dos recursos das leis de incentivo chegam a artistas regionais nas cidades do interior, e os editais raramente citam nomes da terra.
O Sindicato dos Artistas Locais reforça: “O problema não é falta de talento, é falta de espaço e de reconhecimento institucional.
Muitos sequer conseguem pagar as contas com a arte, e acabam desistindo ou indo embora buscar oportunidade em outros centros maiores”.
Opinião popular
Dona Nair, artesã há 30 anos, dispara: “A gente tem cantador bom aqui desde guri, mas o povo só lota a praça quando trazem artista de fora!
E aí é aquela grana toda indo embora da cidade…”.
Já o estudante Lucas, 22, pensa diferente: “Também acho que precisa valorizar o daqui, mas trazer alguém de fora movimenta, traz novidade.
O problema é que deveria ser meio a meio, né?
Nem só povo de fora, nem só os de casa”.
Especialistas em cultura apontam que, além do costume de “dar mais valor quando vem de fora”, existe falta de política pública efetiva.
Os processos de seleção são complexos, exigem documentação e projetos elaborados, e a maioria dos artistas locais sequer recebe orientação para navegar nesses caminhos burocráticos.
Enquanto não muda, muitos acabam aceitando cachês baixos, fazendo “por amor” ou buscam as redes sociais para mostrar o trabalho. E assim, seguimos alimentando o ciclo: menos visibilidade, menos público, menos incentivo invisibilidade.
A cultura se fortalece quando respeita suas origens e potencializa seus talentos locais.
Nomes de fora são bem-vindos, sim, mas o aplauso maior precisa começar em casa. E aí, sua cidade valoriza quem é daqui?
Se você se identifica com esse tema ou conhece alguém nessa luta, COMPARTILHE essa postagem para fazer o debate circular! Sua voz pode ser o primeiro passo para mudar o cenário.
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***FIM***
Ordem e Progresso
Liberdade Ainda que Tardia
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